quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pitanga - Eugenia uniflora




Nome Popular: Pitanga
Espécie: Eugenia
Sub-espécies: uniflora
Família: Mirtaceas
Origem: Américas
Altura em ambiente natural: 10 metros

Muito comum no Brasil principalmente no litoral, a Pitangueira possui mais de 15 espécies diferentes. Seu tronco é liso na cor bege-acinzentado com estrias que se formam na sua constante renovação da casca. Sua folhagem é densa e verde escura, com folhas pequenas, lustrosas e aromáticas. Suas flores são brancas e surgem na primavera até o verão. Seus frutos começam a vingar com maior quantidade a partir do sexto ano de vida, eles são esféricos de 1,5 cm a 3 cm de diâmetro de casca muito fina, lisa e colada a polpa. Possuem oito gomos nas cores vermelho, alaranjado ou roxo escuro. O bonsai de Pitangueira tem um potencial incrível devido suas tonalidades de cores e o aspecto de seu tronco.

Iluminação
A Pitangueira é uma planta de exterior. Adora o sol, mas no verão devemos colocá-la em local onde a mesma possa receber raios solares diretamente em suas folhas em períodos onde o sol não esteja muito forte (antes das 10h e depois das 16h). Isso pode ser conseguido colocando-a em uma sacada com cobertura, sob outras árvores ou mesmo dentro de casa próxima a uma janela em local arejado. A Pitangueira ama a luz devendo ser colocada em lugares onde o sol incida diretamente sobre as folhas. A exposição da Pitangueira ao sol é indispensável para sua floração e a frutificação.

Rega
Como a maioria das plantas frutíferas, a Pitangueira é uma planta com consumo elevado de água apesar de não gostar de solos muito encharcados. Diminua a frequencia de regas no inverno.

Adubação
Em períodos de crescimento (quando esta brotando bastante) a Pitangueira tolera e exige algum tipo de adubo. Os adubos mais indicados são os orgânicos e ricos em Fósforo (P), podendo ser adubos líquidos por via foliar ou sólidos na terra. Como sugestão, escolha traços de proporção de N-P-K (Nitrogênio – Fósforo – Potássio) na ordem de 04-14-08. Não esqueça que no mínimo uma vez por ano é necessário a adubação com micro nutrientes (Ca {Cálcio}, Mg {Magnésio}, S {Enxofre}, B {Boro}, Cl, Cu, Co, Fe...). A Pitangueira não deve ser adubada antes de um mês de seu transplante. Melhor época para a adubação é a primavera e verão. Nunca adube plantas doentes ou recém transplantadas.

Troca de Terra
A Pitangueira necessita um solo com boa drenagem. A mistura aconselhada é de 20% de Argila, 40 % areia e 40% de terra adubada de boa procedência. Deve-se providenciar a troca de terra da Pitangueira anualmente ou a cada dois anos, normalmente no final do inverno ou inicio da primavera quando inicia sua brotação intensa.

Poda
A Arte bonsai procura, como inspiração, buscar formas existentes na natureza. Essa busca nos leva a um espectro riquíssimo de texturas, formas e cores, tornando nosso hobby um dos mais interessantes e criativos. O objetivo da prática do bonsai (cultivo de arvores em vaso), não é apenas mante-los vivos, mas cada vez mais bonitos. Para isso é necessário que se façam podas regulares para se manter a forma de “mini-árvore”. Podar é estilizar a formação de uma árvore. Com a poda, eliminamos os ramos defeituosos ou os ramos desnecessários. Para podar devemos utilizar ferramentas adequadas, como tesouras afiadas e para galhos maiores alicates de corte côncavo, que fazem cortes limpos, precisos e de fácil cicatrização. Quando as feridas da poda são de grande tamanho (maior que o tamanho do diâmetro de um cigarro) é conveniente cobri-las com pasta de selagem para garantir sua perfeita cicatrização.
A poda de manutenção do Pitangueira pode ser feita facilmente com uma tesoura afiada cortando-se os galhos que saem da zona não desejada do tronco ou da copa. Podar várias vezes ao ano para manter a forma original. Os galhos mais grossos podem ser podados no início da primavera.

Aramagem
A utilização dos arames na estilização de um bonsai pode ser usado para:
1.Corrigir a inclinação de ramos, permitindo utilizar ramos que de outra maneira teríamos que podar.
De certo modo os arames provocarão o efeito do peso dos grandes galhos nas árvores, inclinando-os para baixo.
2.Direcionar o crescimento de um galho numa direção em que a copa do bonsai se encontra vazia.
3.Direcionar o crescimento de um galho para a formação de uma copa triangular.

Tempo de permanência dos arames: Seis meses
Melhor Época para Aramação: Final do Verão

De maneira geral o arame deve ser travado no tronco, travando-o, depois nos ramos sem apertar demais para não deixar marca na casca do bonsai. O ideal é que o arame fique relativamente frouxo. Como os ramos engrossam devido ao seu crescimento, devemos tirar o arame antes que se crave na casca. Pode-se usar qualquer arame, preferivelmente o arame de alumínio, que é mais flexível e resistente. A grossura do arame dependerá da força necessária para se vergar o ramo.

Doenças e Pragas mais comuns
Alem dos fungos que podem ser tratados com a moderação na rega, retirada com uma escova e fungicida, a Pitangueira é uma árvore muito resistente se for bem regada e colocada em local adequado. Ataques de pulgão ou cochinilhas podem ser tratados facilmente com inseticida para plantas ornamentais. Não esqueça que existindo um problema, este deve ser solucionado com brevidade para evitar a debilitação do bonsai.


Informações adicionais

Temperatura Agradável: Amena
Vento: Suportam
Vaporização: Quando com frutos
Ritmo de Crescimento: Rápido
Vaso: Profundo
Freqüência de troca da terra: Anualmente



Conteúdo adaptado do site da Bonsai Kai
http://www.bonsaikai.com.br/Textosparaleitura/GuiadeCuidados.htm

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